Deste lugar é
possível observar o fluxo cotidiano, o ir e o vir de tudo que ali
passa.
O pedestre que passa
na calçada, o carro que passa ou que estaciona e sai, o motociclista
que pede passagem, o pedinte que aborda a todos em busca de trocados,
o ônibus que passa carregado pessoas… Para muitos é um caminho
costumeiro, familiar, em que está habituado a passar. Para outros
poucos pode ser um lugar de primeira vista aos olhos.
Neste espaço
(concreto), quase nada muda e ainda assim absorve qualquer demanda de
quem ali passa. Passa para ir para casa, passa para ir ao mercado, ao
posto, à sorveteria, à padaria, senta na calçada para conversar e
beber com os amigos, ou apenas passa… Mas tudo neste lugar continua
quase que da mesma forma.
Entretanto, quem ali
passa, passa de uma forma, como um, e retorna ou passa novamente mas
não como o mesmo um, passa como um mesmo outro. Um mesmo outro não
diferente daquele que passou da primeira vez, mas como um mesmo ser
modificado e transformado.
O vídeo, o texto e
os pensamentos enquanto fazia o texto também me fizeram lembra de
uma música da banda Scracho chamada “Lado Bê”, qual vou deixar
uma parte que acredito que vá de acordo com o que eu tento passar
aqui.
“…
Tudo
se acelera na era da informação
As
relações, os costumes, a alegria e a solidão
O
tempo é mais curto, a distância é mais curta
Porém
muito se fala e pouco se escuta
É
querer abraçar o mundo com o seu coração
Mas
calma, é o processo, o caminho, a depuração
De
8 bilhões de almas que aspiram por ela
Na
busca sublime que dá sentido à vida
Ela
tudo contém, mas em nada está contida
.
. .”
Gostei bastante, principalmente do link que fez com parte da música. Não é atoa que faço meu TCC sobre o consumismo atravessando as relações, é assim que me sinto. As funções de continência e das castrações se dissipam, o sujeito parece ficar a merce dessa vida atropelada, e a forma que a gente vem conseguindo pra não ter que lidar com as angustias vem na via do consumismo, vem pela via do excesso.
ResponderExcluirRafa, me senti assim... Atropelada pelo fluxo. O não conseguir enxergar direito as formas me fez pensar na correria que não nos deixam mesmo enxergar as coisas.
ResponderExcluir- Babi